terça-feira, 5 de abril de 2011

Mundo Selvagem


Com cerca de dois milhões de espécies identificadas até à data, e ainda à espera de serem descobertas, os animais são os seres vivos mais diversificados do nosso planeta. Ao longo dos anos os animais têm vindo a evoluir, adaptaram - se a um mundo em fase de desenvolvimento e isto permitiu – lhes desenvolver diferentes modos de sobrevivência. Num extremo, incluem-se predadores velozes como tubarões, grandes felinos e aves de rapina. No seu conjunto, formam o reino animal - uma vasta colecção de seres vivos, ligados por uma biologia dominante no planeta Terra, ao qual o ser humano tem vindo a destruir drasticamente populações de animais e grandes áreas de florestas tropicais, recifes de coral e mangais, entre muitos outros habitats. Se isto não parar imediatamente no futuro não restará nenhum animal para contemplar a nossa bela Natureza. Nós temos que proteger o ambiente que nos rodeia e também os animais que lá vivem. Será que conseguimos explorar o meio ambiente sem o destruir?




















Pinguim Imperador

Descrição rápida:
Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) é a maior ave da família Spheniscidae (pinguins). Os adultos podem medir até 1,22 metros de altura e pesar até 37 kg. Os machos desta espécie são um dos poucos animais que passam o inverno na Antártida.

O pinguim-imperador caracteriza-se pela plumagem multicolorida: cinza-azulado nas costas, branco no abdômen, preto na cabeça e barbatanas. Esta espécie apresenta também uma faixa alaranjada em torno dos ouvidos. Sua alimentação baseia-se em pequenos peixes, krill e lulas, que pescam em profundidades de até 250 metros. O pinguim-imperador pode ficar submerso por cerca de vinte minutos sem respirar. Seus predadores naturais incluem a orca, foca-leopardo e tubarões

Adaptações ao frio:

O pinguim-imperador é a espécie de ave que se reproduz no ambiente mais frio. As temperaturas do ar podem chegar aos 40 °C negativos, e a velocidade do vento pode atingir os 144 km/h. A temperatura da água é próxima do ponto de congelamento, com cerca de 1,8 °C negativos, que é muito inferior à temperatura média corporal do pinguim-imperador, que é de 39 °C. A espécie adaptou-se de várias formas para evitar a perda de calor. As penas proporcionam de 80 a 90% do seu isolamento térmico, e possuem uma camada subdérmica de gordura que pode chegar a ter 3 cm de espessura antes de uma época de reprodução. As sua penas rígidas são curtas, lanceoladas e formam um conjunto denso ao longo de toda a superfície da pele. Com cerca de 100 penas a cobrir 6,5 cm², é a espécie de ave com maior densidade de penas. Uma camada extra de isolamento é formado por tufos de primeira plumagem, entre as penas e a pele. Os músculos permitem que as penas permaneçam erectas quando as aves estão em terra, reduzindo a perda de calor ao fixarem uma camada de ar junto à pele. Inversamente, a plumagem ajusta-se junto à pele quando a ave está na água, provocando a impermeabilização da pele e da camada de plumagem adjacente. A limpeza das penas é vital para garantir o correcto isolamento térmico e para manter a plumagem oleosa e repelente de água.

Dieta:
A dieta do pinguim-imperador é composta principalmente por peixes, crustáceos e cefalópodes, apesar da sua composição variar de população para população. O peixe é normalmente a fonte de alimento mais importante, sendo que a espécie Pleuragramma antarcticum perfaz a maior parte da dieta da ave. Outras presas que foram registadas incluem outros peixes da família Nototheniidae, duas espécies de cefalópodes, Psychroteuthis glacialis e Kondakovia longimana, assim como o krill antártico (Euphausia superba). O pinguim-imperador procura as suas presas em mar aberto, no Oceano Antártico, em regiões livres de gelo ou em regiões com plataformas de gelo onde existam aberturas para a água. Uma das suas estratégias de alimentação consiste no mergulho a profundidades de 50 m, onde pode facilmente localizar peixes que povoam as regiões logo abaixo da camada de gelo, como a espécie Pagothenia borchgrevinki que nada logo junto à camada de gelo, apanhando-os de seguida. Depois, mergulha novamente, repetindo a sequência cerca de meia dúzia de vezes antes de vir à superfície para respirar.
Reprodução:
O pinguim-imperador atinge a maturidade sexual aos três anos de idade, começando a procriar de um a três anos mais tarde. O ciclo de reprodução anual começa no início do inverno antárctico, em Março e Abril, quando os pinguins-imperador maduros viajam até áreas de nidificação em colónias, muitas vezes caminhando 50 a 120 km desde a borda da plataforma de gelo. O começo da viagem parece ser despoletado por uma diminuição da duração de horas de sol por dia; pinguins-imperador em cativeiro foram induzidos a reproduzirem-se, com sucesso, através do uso de sistemas de iluminação que mimetizavam as variações da duração do dia antárctico.


Anaconda

O nome científico da anaconda é Eunectes murinus
Também conhecida por Sucuri, entre outros nomes locais, esta grande serpente habita um pouco por toda a América do Sul, desde a floresta amazónica até à Argentina.Conhecida como sendo uma das maiores serpentes do mundo, juntamente com a Piton da Ásia, esta espécie ganhou a fama de ser uma comedora de homens. No entanto, até agora, nunca ninguém viu uma anaconda a devorar um ser humano, e tal como noutros casos, não passam de lendas, que vão passando de boca em boca, e de montagens fotográficas duvidosas. A anaconda é inclusive muito fugidia em relação aos humanos, evitando-os a todo o custo.Apesar de tudo, temos de considerar essa possibilidade, já que o grande tamanho das fêmeas permitiria que o fizessem com muita facilidade.A anaconda não é uma serpente venenosa, mata por constrição. Depois de apanhar a presa pela zona do pescoço, a anaconda envolve-se em torno do seu corpo e começa a apertar. Sempre que a vítima expira, a anaconda aperta mais, até que a presa deixa em definitivo de respirar e morre.Da ementa favorita das anacondas fazem parte peixes, aves, capivaras e outros pequenos mamíferos existentes nesta zona. Por vezes, é referido que comem pequenos bezerros e felinos de alguma dimensão, no entanto, curioso é o facto de comerem jacarés, já que aparentemente não se enquadram na sua maneira de caçar.As anacondas fazem emboscadas nas margens de lagos, rios e pântanos. Quando a sede aperta e os outros animais vão beber água, a anaconda ataca.Os machos são de pequena dimensão, cerca de 4,5 m quando adultos, já as fêmeas podem atingir os 9 m.Esta espécie é vivípara, ou seja as crias desenvolvem-se dentro da mãe, saindo quando já estão perfeitamente desenvolvidas e capazes de sobreviver sozinhas. O tempo de gestação é de cerca de 240 dias, nascendo depois até 30 pequenas serpentes.Nesta espécie, a taxa de mortalidade é muito elevada, podendo haver ninhadas em que nenhum animal sobrevive até à idade adulta, já que nos territórios por elas habitado existem demasiados predadores atentos, que vão das aves até outros répteis, passando pelos humanos.Uma anaconda pode viver cerca de 30 anos.

Chita

As chitas podem, neste momento, ser encontradas no Centro e Sul do continente africano. Este animal já foi presença frequente no Médio Oriente e em alguns territórios asiáticos, embora actualmente seja muito raro avistá-lo nestas paragens.Ao contrário de outros felinos africanos, a chita é um animal solitário, que só se faz acompanhar pelos filhos, se os tiver. Os irmãos também se mantêm juntos durante algum tempo após a mãe considerar que estão preparados para viverem sozinhos.A chita é um animal extremamente veloz. Apresenta características morfológicas diferentes de outros felinos, nomeadamente, as suas unhas não são retracteis, e todo o seu corpo é músculo moldado para ser um velocista, não utilizando a força como maior trunfo.O seu tamanho corporal limita o tamanho das presas que a chita consegue caçar, mas a sua velocidade permite que apanhe presas que também sejam muita ágeis.Sendo o animal terrestre mais veloz, chega a atingir os 110 km por hora, e nunca pode fazer corridas superiores a 10 segundos. Por este motivo, a chita tem de caçar à primeira, pois se falhar vai ter de esperar até que a sua temperatura volte ao normal para poder voltar a perseguir uma presa. Assim, a chita escolhe uma vítima em campo aberto, e vai lentamente tentar uma aproximação, alheando-se de todos os outros animais, para aumentar a probabilidade de sucesso. Se chegar ao ponto de achar que vai ser bem sucedida, tentará então um ataque de surpresa.As prezas favoritas das chitas são as gazelas e impalas, que consegue arrastar com facilidade e que permitem não sofrer muitos danos físicos, se eventualmente falhar.Dada a sua estatura e o facto de viver de forma solitária, a chita encontra muitos carnívoros, nomeadamente as hienas, que sistematicamente vão tentar levar a sua presa. Então, quando caça, leva a presa para uma zona mais protegida e de onde possa observar os movimentos em seu redor para mais facilmente poder defender-se.

Leopardo


O leopardo habita fundamentalmente em florestas tropicais e húmidas em África e na Ásia, com especial incidência na Índia. No entanto, também pode ser encontrado em zonas desses continentes com outros tipos de vegetação. A sua grande capacidade de adaptação permite-lhe ainda viver em territórios tão inóspitos como as montanhas do Afeganistão, as terras semi-desérticas do Médio Oriente, ou na savana africana.Os animais desta espécie têm hábitos de caça predominantemente nocturnos. De dia, gostam de passar longas horas a dormir e a lavar a sua bela pelagem, refastelados nos troncos das árvores, que são especialistas em subir para manter a posse das presas. Estas são também levadas para as árvores, evitando assim que um qualquer grupo de necrófagos lhas roube. Por este motivo, os leopardos não caçam, por norma, animais muito grandes, optando por presas de tamanho médio, que podem também arrastar durante longos períodos. Da sua ementa habitual fazem parte antílopes, javalis, símios e pequenas peças de gado que, por vezes, rouba nas zonas em que há rebanhos, principalmente cabras. Os leopardos, apesar de serem animais muito ágeis, evitam fazer longas corridas atrás das suas presas, preferindo fazer emboscadas onde sabem que, provavelmente, vão ser bem sucedidos.Quando chega a época da reprodução, os machos e as fêmeas fazem longas caminhadas, até encontrarem um parceiro disponível. Logo que é consumado o acto, afastam-se um do outro, ficando a fêmea com o ónus de alimentar as crias, até que estas estejam em condições de caçar e sobreviver sozinhas. A gestação de uma fêmea de leopardo dura cerca de 100 dias, e as ninhadas são constituídas, em média, por quatro filhotes.Por causa da sua pele, cuja venda é extremamente rentável, os leopardos foram e continuam a ser caçados por caçadores furtivos. Este factor levou ao seu quase extermínio em algumas zonas. Devido aos seus hábitos furtivos e ao facto de gostarem de viver em zonas muito arborizadas, não é possível fazer uma estimativa credível sobre a quantidade de indivíduos que vagueia por todos os territórios onde existem leopardos.No entanto, sabe-se que em cativeiro a reprodução de leopardos é fácil e regra geral os filhotes sobrevivem sem grande dificuldade, o que é um bom indicador do que acontecerá na Natureza.O leopardo é, de entre todos os grandes felinos, aquele que mais se parece com o gato doméstico: ágil, dorminhoco, brincalhão e extremamente cuidadoso com o seu pêlo.Um leopardo pode medir cerca de 1,50 m, ter 80 cm de altura e pesar até 90 kg. A sua esperança de vida é de 30 anos, maior que a dos outros grandes felinos, em geral.

sábado, 2 de abril de 2011

Tubarão branco

O tubarão-branco (Carcharodon carcharias) é uma espécie de tubarão lamniforme, sendo o peixe predador de maiores dimensões existente na atualidade. Um tubarão-branco pode atingir 7,5 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas. Esta espécie vive nas águas costeiras de todos os oceanos, desde que haja populações adequadas das suas presas, em particular pinípedes. Esta espécie é a única que sobrevive, na atualidade, do gênero carcharodon.
Características gerais
Os tubarões brancos caracterizam-se pelo seu corpo fusiforme e grande robustez, em contraste com as formas espalmada de outros tubarões. O focinho é cónico, curto e largo. A boca, muito grande e arredondada, tem forma de arco ou parábola. Permanece sempre entreaberta, deixando ver, pelo menos, uma fileira de dentes da mandíbula superior e uma dos da inferior, enquanto a água penetra nela e sai continuamente, pelas brânquias. Se este fluxo parasse, o tubarão afogar-se-ia, por carecer de opérculos para regular a passagem correcta de água, e afundar-se-ia na mesma, já que ao não possuir bexiga natatória vê-se condenado a estar em contínuo movimento para evitar afundar-se. Durante o ataque, as mandibulas abrem-se ao ponto de a cabeça ficar deformada e fecham-se imediatamente de seguida, com força 300 vezes superior à da mandíbula humana. Os dentes são grandes, serrados, de forma triangular e muito largos. Ao contrário de outros tubarões, não possuem qualquer espaçamento entre os dentes, nem falta de dente algum, antes, têm toda a mandibula repleta de dentes alinhados e igualmente capazes de morder, cortar e rasgar. Atrás das fileiras de dentes principais, este tipo de tubarão tem duas ou três a mais em contínuo crescimento, que suprem a frequente queda de dentes com outros novos e vão-se substituindo por novas fileiras ao longo dos anos. A base do dente carece de raiz e encontra-se bifurcada, dando-lhe uma aparência inconfundível, em forma de ponta de flecha.

Os orifícios nasais (narinas) são muito estreitos, enquanto que os olhos são pequenos, circulares e completamente negros. No lombo situam-se cinco fendas branquiais, duas nadadeiras peitorais bem desenvolvidas e de forma triangular e outras duas, perto da nadadeira caudal, muito mais pequenas. A caudal está muito desenvolvida, assim como a grande nadadeira dorsal. Outras duas nadadeiras pequenas (segunda dorsal e anal), perto da cauda, completam o aspecto de este animal.

Apesar do seu nome, o tubarão é apenas branco na sua parte ventral, enquanto que a dorsal é cinzenta ou azulada. Este padrão, comum a muitos animais aquáticos, serve para que o tubarão se confunda com a luz solar (em caso de se olhar de baixo para cima) ou com as escuras águas marinhas (em caso de fazê-lo de cima para baixo), constituindo uma camuflagem tão simples quanto efetiva. O extremo da parte ventral das barbatanas da espádua e a zona das axilas aparecem tingidos de negro. A pele é formada por dentículos dermicos ou dentículos cutâneos, que dão o aspecto liso sentido nariz cauda e extremamente áspero no sentido cauda/nariz.

Não obstante, a denominação de "tubarão-branco" poderia ter a sua lógica no caso de se avistarem exemplares albinos desta espécie, que são, contudo, muito raros. Em 1996, pescou-se, nas costas do Cabo Oriental (África do Sul), uma fêmea jovem, de apenas 145 cm, que exibia esta rara característica.


Orangotango

O orangotango (cujo nome vem de duas palavras da língua malaia que, juntas, significam "pessoa da floresta") é um animal quadrúpede da ordem dos primatas que vive nas florestas da Indonésia e da Malásia.
Têm entre 1,10 e 1,40 m de altura, o que os faz a segunda maior espécie deprimata do mundo.
Não existem muitos interesses comerciais em caçar os orangotango, entretanto a ocupação humana nas áreas florestais de Sumatra e Bornéucolocou os orangotango na lista de animais ameaçados de extinção. Segundo os cientistas, restam pouco mais de 100 000 orangotango no mundo, sendo que o rápido crescimento do ritmo de devastação permite fazer a previsão que a extinção da espécie ocorrerá em algumas décadas.
Os orangotango são animais territorialistas, para demarcar território o macho dá um grito estrondoso que avisa os outros orangotango para não entrarem em seu território. Os machos adultos são pouco sociáveis, e procuram as fêmeas uma vez por ano, na época da seca. Umacaracterística sexual notável é o crescimento de "abas" nas laterais dafronte e no pescoço dos machos maduros, o que lhes dá um aspecto bastante peculiar.
As fêmeas vivem em grupos, mas aparentemente sem a mesma hierarquiaencontrada em outras espécies de antropóides. Os filhotes nascem após nove meses de gestação, passando a ficar agarrados aos pelos longos dascostas da mãe. No ambiente silvestre, a taxa reprodutiva é baixa, o que contribui ainda mais para o risco de extinção.
curiosidades:-Somente 2% dos genes dos orangotango são diferentes dos genes dos seres humanos; -Os orangotango acasalam frontalmente; -Não apresentam pelo no rosto; -As fêmeas aprendem como cuidar dos filhotes com as fêmeas mais velhas

Tucano

São designadas por tucano as aves da família Ramphastidae que vivem nas florestas da América Central e América do Sul.
Possuem um bico grande e oco. A parte superior é constituída portrabéculas de sustentação e a parte inferior é de natureza óssea. Não é um bico forte, já que é muito comprido e a alavanca (maxilar) não é suficiente para conferir tal qualidade. Seu sistema digestivo é extremamente curto, o que explica sua base alimentar, já que as frutas são facilmente digeridas e absorvidas pelo trato gastro intestinal. Além de serem frugívoros (comerem fruta), necessitam de um certo nível protéico na dieta, o qual alcançam caçando alguns insectos, pequenas presas (como largarto, perereca, etc) e mesmo ovos de outras aves. Possuem pés zigodáctilos (dois dedosdirecionados para frente e dois para trás), típicos de animais que trepam em árvores.

São monogâmicos territorialistas (vivem e se reproduzem em casal isolado). Não há dimorfismo sexual e a sexagem pode ser feita por análise de seu DNA.[1] A fêmea e o macho trabalham no ninho, que é construído em ocos de árvores. A fêmea choca e o macho a alimenta. Fazem postura de 3 a 4 ovos, cujo período de incubação é de 18 dias.

O Tucano-toco (Ramphastos toco) ainda não é uma espécie ameaçada de extinção, entretanto tem sido capturado e traficado para outros países a fim de ser vendido em lojas de animais. Isto tem como conseqüência a diminuição de sua população nas florestas, pondo em risco a variabilidade genética, como também a morte de muitos animais durante o transporte.

Melro-preto

O melro-preto (do latim merulu, com síncope do "u" e metátese do "r") é a designação comum da espécie Turdus merula de aves passeriformes pertencentes à subfamília Turdinae.

Os melros apresentam forte dimorfismo sexual, sendo o macho completamente preto, excepto o bico e um anel em volta dos olhos, de cor amarela-alaranjada. A fêmea e os juvenis têm dorso preto, ventre pardo-escuro malhado de pardo-claro, e a garganta e a parte superior do peito pardas com malhas esbranquiçadas.

O seu comprimento varia entre os 24 e os 27 cm. As asas têm um comprimento compreendido entre os 117 e os 118 mm. Normalmente pesa entre 75 e 120 g.

Embora possa ser encontrado em diversos ambientes e climas, este pássaro é facilmente encontrado na Península Ibérica. Com um carácter comunicativo e citadino, habita em jardins ou sebes na cidade e em bosques ou charnecas no campo, alimentando-se de insectos, vermes, sementes e bagas, mas nunca desprezando pequenas migalhas ou restos de comida de outros animais.

O macho canta melodiosamente, empoleirando-se em pontos altos. Canta particularmente ao amanhecer e ao anoitecer.

Esta ave reproduz-se sensivelmente duas vezes por ano. As fêmeas põem 3 a 5 ovos que demoram cerca de 15 dias a incubar. Fazem normalmente um ninho em forma de taça. Pode também ser criado em cativeiro, com alguma facilidade, sendo contudo em Portugal ilegal a sua detenção.

Curiosidades:

tem um canto sonoro e áspero, childo de alarme; também um gorjeio aflautado. Existem vários milhões de casais na Europa.

Papagaio-cinzento

PAPAGAIO DO CONGO - Papagaio-cinzento

DIMENSÕES
Entre 35 e 40 centímetros, aproximadamente

DISTINÇÃO ENTRE OS SEXOS
Não existe diferença na aparência entre os dois sexos. Só é possível distinguir entre os machos e as
fêmeas, com uma certeza total, através de um exame endoscópico efectuado por um veterinário
especializado, sistema ADN, colheita de sangue ou pelas penas.

CARACTERÍSTICA SOCIAIS
Os papagaios do Congo tem uma boa convivência com aves da mesma espécie, mas podem ter um
comportamento, muito agressivo com aves de menor porte e mais frágeis. Por conseguinte, não devem ser
criadas num viveiro misto mas antes em casais. Estas aves podem tornar-se extremamente dóceis se
forem (parcialmente) domesticadas e ou se habituarem à companhia humana, desde uma idade precoce. Uma
característica típica dos papagaios do Congo é a sua preferência nítida por um dos membros da
família, em particular, em relação a quem a aves desenvolve laços especiais de afectividade. Esta
pessoa referida não será necessariamente o tratador. Do mesmo modo, a aves pode desenvolver aversão a
um ou mais membros da família. Seguramente, não são amigas de toda a gente.

ALOJAMENTO ADEQUADO
Os papagaios do Congo podem ser criados num viveiro ao ar livre dotado de um abrigo nocturno que
proteja da geada. Não faz sentido colocar muitas plantas num viveiro adaptado para estas aves, uma
vez que elas roem as plantas desfazendo-as num ápice. Uma gaiola para papagaios espaçosa com barras
horizontais é um outro meio possível de alojamento, desde que, diariamente, se proporcione à aves a
oportunidade de distender as pernas e as assas no exterior da gaiola.



TEMPERATURA AMBIENTE
Estas aves permanecem num abrigo nocturno moderadamente aquecido, durante o inverno.

ALIMENTAÇÃO
Uma boa gama alimento para papagaio, possivelmente suplementada com um preparado de sais minerais e
vitaminas, de um modo geral, serve bem como dieta básica. Pode suplementar esta dieta com fruta e
também com de milho verde, jiló e outros legumes. Além disso, deve dar-lhes regularmente galhos
frescos de árvores de frutas, para que possam roer. Devem ter sempre acesso a areia.

ACTIVIDADE
Os papagaios do Congo são capazes, não apenas de imitar um vasto leque de palavras e de frases, mas
também de aprenderem a cantar (partes) de canções. Além disso, conseguem imitar outros sons, desde o
miar de gatos até ao som de passos em corredor de soalho. Parcialmente por este motivo, os papagaios
do Congo são os papagaios favoritos na procura, sendo tratados como animais de estimação. Os
papagaios do Congo gostam de trepar e devem estar permanentemente ocupados e os brinquedos são um
excelente investimento. As aves criadas em recinto fechado devem poder tomar um duche diário com água
morna.

CRIAÇÃO
Estes papagaios não são os mais fáceis de criar. Um fato importante é a tranquilidade mas também, e
acima de tudo, constituem um casal com um bom entendimento mútuo. Um tronco de árvore oco pode ser
utilizado como caixa de ninho com uma área média de 30 a 40 centímetros quadrados, aproximadamente, e
uma altura de cerca de 70 centímetros. O orifício de entrada deve ter cerca de 12 centímetros de
diâmetro. Deve espalhar aparas de madeira ou serradura pelo chão, ou galhos e ou pedaços de madeira
apodrecida que as aves possam quebrar e utilizar como material de construção do ninho. Põem em média
entre três e cinco ovos, que as fêmeas chocam durante um período de 30 dias, aproximadamente. Quando
as cria tem entre dois e três meses de vida, surge a plumagem, mas continuam a ser alimentadas e
tratadas pelos pais durante um mês ou mais. As crias adquirem a coloração clara da íris quando
atingem a idade aproximada de sete meses. Durante a época de gestação, podem tornar-se
temporariamente agressivas em relação ao seu tratador.

Periquito-Esplêndido

Intruduçao:
Apesar de fazer parte da família dos barulhentos Periquitos e Cacatuas, o Esplêndido é uma ave calma e tímida. Originário do interior da Austrália, o pássaro habita bosques de eucaliptos ou grupos de árvores.

Não muito sociável, o animal é visto na natureza em pares ou em pequenos bandos, e é dono de uma plumagem colorida e exótica. Por pouco não foi extinto há 50 anos, mas graças a criação em cativeiro, hoje a espécie está a salvo.

A diferenciação entre sexos se dá pela coloração do peito, que no macho é vermelho, enquanto é inexistente na fêmea. Ideal para quem deseja uma ave de companhia, o Esplêndido possui um canto suave muito cativante, além de não gostar de estripulia, mantendo-se sempre muito tranquilo em seu canto

Histórico:Este colorido e pouco sociável pássaro é originário do interior da Austrália e é facilmente encontrado nos bosques de Eucalipto do país. Da família Psittacidae, assim como os Papagaios e Cacatuas, o Esplêndido recebeu seu nome científico (Neophema splendida) do ornitólogo John Gould, em 1841

Cuidados:
A ave deve ser alimentada com ração própria para periquitos de grande porte, além de pequenas porções de ovo cozido. De vez em quando, é importante alimentá-lo com vermes vivos, frutas e legumes.

Durante a época de procriação, de dezembro a janeiro, o ideal é separar o casal das demais espécies

Curiosidades:Enquanto a fêmea choca os ovos, cabe ao macho alimentá-la para que ela não deixe o ninho.

Pode demorar dois anos ou mais para que a ave obtenha sua plumagem definitiva.

Nome da Espécie
Esplêndido

Nome Popular: Esplêndido, Periquito Esplêndido
Nome Científico: Neophema splendida
Distribuição: Austrália
Família: Psittacidae
Tamanho: de 19 a 24 cm aproximadamente
Cores: O macho possui a face e as asas azuis, o peito vermelho e a barriga amarela. Já a fêmea apresenta cores menos vibrantes.
Tempo de Vida: 10 a 12 anos

Camarão

O termo camarão (do latim cammārus, caranguejo do mar, camarão, lagostim, derivado do grego kámmaros, ou kámmoros) é a designação comum a diversos crustáceos da ordem dos decápodes, podendo ser marinhos ou de água doce. Tais crustáceos possuem o abdome longo, corpo lateralmente comprimido, primeiros três pares de pernas com quelas e rostro geralmente desenvolvido.

A pesca e a aquacultura de camarões é uma das actividades económicas mais importantes, devido ao elevado valor comercial destes produtos de luxo da alimentação humana. De acordo com a informação “Fishstat Plus” da FAO, em 2002, a captura mundial de camarões marinhos foi de 2.843.020 toneladas, enquanto que a produção mundial por aquacultura foi de 1.292.476 toneladas. Recentemente, várias espécies de camarões do coral têm sido comercializados pela indústria aquarista[1].

Existem várias outras espécies de crustáceos aquáticos que têm no seu nome a palavra camarão, mas pertencem a grupos diferentes, tais como os camarões-de-concha (ordem Conchostraca) e os camarões-girinos (ordem Notostraca).

Os camarões comerciais são também conhecidos por outros nomes, tais como gamba ou lagostim (os de grandes dimensões, como o "camarão-tigre-gigante", Penaeus monodon, que pode atingir cerca de 35 cm de comprimento e um peso de cerca de 500 g – que são as dimensões médias dos verdadeiros lagostins).

Carcinicultura é como é chamada a criação do camarão em sistemas aquícolas.

Anatomia:Estes animais pertencentes à classe dos crustáceos, possuem um exoesqueleto, feito de quitina. Seu corpo é dividido em duas partes: cefalotórax e abdómen. São animais que apresentam um sistema digestório completo, ou seja, com duas aberturas para entrada pela boca e saída pelo ânus de alimentos. Também possuem sexos separados e sua reprodução é sexuada.

Os camarões, bem como, os insectos, aranhas, siris etc. são animais pertencentes ao filo Arthropoda. Todos os animais pertencentes a esse filo possuem sistema nervoso, formado por gânglios cerebrais bem desenvolvidos, de onde parte o cordão nervoso central ganglionar. Seus órgãos dos sentidos são muito especializados e situados na cabeça. Pode parecer estranho, mas os camarões também se comunicam entre si através de emissão de bolhas de ar, uma maneira adequada para a comunicação interespécie em meio a águas marinhas.

Classificação :
Os camarões pertencem à ordem Decapoda, à qual pertencem também as lagostas e os caranguejos. Até recentemente, os decápodes eram divididos nas subordens Reptantia e Natantia, os primeiros incluindo os animais com menor poder de natação (caranguejos e lagostas) e os segundos, os camarões. A classificação actual, no entanto, divide-os de acordo com a estrutura das brânquias e restantes apêndices e com a forma de desenvolvimento larvar, nas subordens Dendrobranchiata, que inclui os camarões com brânquias ramificadas e que não incubam os ovos (infraordens Penaeoidea e Sergestoidea), e os Pleocyemata, que inclui os restantes camarões (infraordens Caridea e Stenopodidea), lagostas, caranguejos e restantes decápodes[2].

Mocho-galego

Este pequeno mocho é a ave de rapina nocturna mais fácil
de observar, devido aos seus hábitos parcialmente diurnos.
O seu hábito de pousar em pontos altos, à beira da estrada,
torna esta espécie bastante conspícua.

Identificação :Pouco maior que um melro, o mocho-galego chama a atenção pela sua característica silhueta arredondada.
A plumagem é castanha, com malhas brancas, os olhos são amarelos. As suas vocalizações, que fazem
lembrar um latido, são facilmente audíveis, podendo ouvir-se vários indivíduos a responder uns aos outros
nas zonas onde a espécie é mais comum.

Abundância e calendário:O mocho-galego é uma ave relativamente comum e encontra-se de
norte a sul do país. É uma espécie residente, que está presente no
país durante todo o ano.
É particularmente frequente em terrenos agrícolas com algumas
árvores dispersas e em olivais. Muitas vezes ocorre em ruínas ou
amontoados de pedras, que usa para nidificar. Está ausente em
zonas de altitude, bem como em áreas densamente florestadas

Onde observar :

Por vezes bastante conspícua visualmente, esta rapina nocturna faz-se ouvir com frequência,
sendo fácil de detectar junto a localidades do interior.

Entre Douro e Minho – pouco abundante nesta região, encontra-se sobretudo nos vales
de alguns rios, como o Cávado e o Ave.


Trás-os-Montes – espécie pouco comum nesta região, onde pode ser observada com
relativa facilidade em zonas como Miranda do Douro, o baixo Sabor e a veiga de Chaves.


Litoral centro – ocorre em zonas como a lagoa de Óbidos, o baixo Mondego e o pinhal de
Mira.


Beira interior – trata-se de um mocho comum nesta região, nomeadamente no Tejo
Internacional e no planalto de Vilar Formoso.


Lisboa e Vale do Tejo – nesta região, destaca-se a zona de Pancas (no estuário do Tejo),
onde é relativamente comum. Também pode ser visto regularmente no cabo Espichel.


Alentejo – os mochos-galegos sao comuns no Alentejo, especialmente em zonas mais
abertas do interior, sendo fácil observá-lo na região de Castro Verde. Também podem ser
vistos na zona de Alpalhão, nas planícies de Évora e na lagoa dos Patos.


Algarve – esta é a região onde o mocho-galego é mais fácil de detectar. Pode ser visto,
por exemplo, na ria de Alvor, assim como na lagoa dos Salgados, junto ao cabo de São
Vicente e no barrocal algarvio, de que é exemplo a Rocha da Pena.

Falcão-peregrino

O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é uma ave de rapina diurna de médio porte que pode ser encontrada em todos os continentes excepto na Antártida. A espécie prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades como Nova Iorque. Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória, não nidificando aqui. Como ave reprodutora, é substituído na América do Sul por uma espécie similar e um pouco menor, o falcão-de-peito-laranja.

O falcão-peregrino mede entre 38 e 53 cm de comprimento, com uma envergadura de asas de 89-119 cm e peso de 0,6-1,5 kg, sendo as fêmeas maiores e mais pesadas que os machos e constituindo este o único dimorfismo sexual. A sua plumagem é característica, em tons de cinzento-azulado no dorso e asas; cabeça preta-cinza com "bigode" escuro e queixo branco; bico escuro com base amarela; patas amarelas com garras pretas riscada de negro na zona ventral. Os olhos são negros com anel amarelo e relativamente grandes. As asas são afiladas e longas.

O falcão-peregrino é um caçador solitário que ataca outras aves, em geral pombos ou pássaros, que derruba com as garras em voo picado e mata com o bico. É o animal mais rápido do mundo, com velocidade de mergulho que chega a atingir 320 km/h. Graças à sua eficiência enquanto predador, é um dos animais preferidos na arte da falcoaria. O falcão-peregrino é muita vezes vítima de outras aves de rapina que roubam as suas presas, à semelhança dos leopardos, que muitas vezes vêem a sua refeição assaltada por hienas. Como predador solitário, o falcão não pode arriscar morrer de inanição por ferimentos obtidos numa luta por uma presa já abatida.

Como ave que freqüenta ambientes urbanos atrás de presas como os pombos, o falcão-peregrino às vezes não pode consumir as aves que abate por conta do tráfego de pessoas e viaturas; em Santos, no litoral paulista, é comum achar pombos mortos abatidos por falcões-peregrinos migratórios (Falco peregrinus tundrius) e abandonados na via pública. Note-se também que, no que diz respeito à escolha de suas presas, o falcão-peregrino é oportunista, caçando quaisquer aves presentes na sua área de ocorrência: nos manguezais de Cubatão, por exemplo, caça inclusive exemplares juvenis de guará (Eudocinus ruber).

Reprodução:
Na época de reprodução, uma vez por ano, põe três ou quatro ovos num penhasco, directamente sobre o solo, sem fazer ninho. Os ovos são incubados pelo casal de pais ao longo de cerca de um mês.

O falcão-peregrino é muito sensível ao envenenamento com inseticidas organoclorados como o DDT, com os quais entra em contacto através da gordura de suas presas, e que provocam enfraquecimento da casca de seus ovos e esterilidade. O uso do DDT afectou gravemente as populações residentes na Europa ocidental e América do Norte durante as décadas de 1950 e 1960. A situação foi invertida com o banimento destes compostos das práticas agrícolas e pela liberação na natureza de indivíduos criados em cativeiro. Segundo Helmut Sick, este esforço de recuperação por liberação de animais criados em cativeiro (alguns mestiços de subespécies diferentes) reduziu a intensidade da migração de falcões do leste da América do Norte para o Brasil, já que parte das populações recuperadas perdeu o hábito migratório. Os falcões-peregrinos presentes no Brasil entre outubro e abril, durante o inverno boreal, pertencem à subespécie F. p. tundrius, mais ártica; outra subespécie norte-americana, F. p. anatum, é residente, não migrando para a América do Sul.

Bufo-real

A maior das rapinas nocturnas portuguesas, o bufo-real é uma das
espécies mais cobiçadas pelos observadores de aves, mas nem
sempre é fácil de encontrar.

Identificação :
Enorme, com os seus 60 cm de tamanho o bufo-real é inconfundível.
Possui dois penachos sobre a cabeça, que fazem lembrar duas
"orelhas". Os olhos, muito grandes, são cor-de-laranja.
O seu canto "Uhu" pode ser ouvido a vários quilómetros de distância

Abundância e calendário :
Tal como a maioria das outras rapinas nocturnas, o bufo-real raramente aparece de dia, o que torna a sua
observação bastante difícil e pode dar a ideia de se tratar de uma espécie muito rara. Contudo, esta espécie
não é especialmente rara e pode mesmo ser encontrada com regularidade em certas zonas no interior. No
entanto, devido aos seus hábitos nocturnos é mais facilmente ouvida que vista. A sua actividade vocal é
mais intensa nos meses de Inverno (particularmente de Novembro a Fevereiro).

Onde observar :
As zonas remotas do interior, especialmente onde existam grandes afloramentos rochosos, são
as preferidas pelos bufos-reais. No entanto, trata-se de uma espécie bastante sensível à
perturbação, sobretudo nos locais de nidificação.

Entre Douro e Minho – conhece-se a presença desta espécie na serra de Arga, na serra
Amarela e na zona de Castro Laboreiro (serra da Peneda).

Trás-os-Montes – nesta região, destaca-se o Douro Internacional, particularmente a zona
de Miranda do Douro e o Penedo Durão.

Litoral centro – pode ser encontrado nas serras de Aire e Candeeiros e na serra da
Freita, embora seja bastante raro na região.

Beira interior – trata-se de uma rapina nocturna presente no Tejo Internacional e nas
Portas de Ródão, bem como no vale do Águeda, perto de Figueira de Castelo Rodrigo.

Lisboa e Vale do Tejo – ocorre na serra de Montejunto e junto ao cabo Espichel, embora
em densidades bastante baixas.

Alentejo – o bufo-real tem uma distribuição ampla nesta região, podendo ser visto na
serra de São Mamede, nos montados de Cabeção, em Monfurado e ao longo do vale do
Guadiana e seus afluentes, nomeadamente as zonas de Moura, Barrancos e Mértola.

Algarve – está presente nos vales de alguns afluentes do Guadiana (região de Alcoutim),
e na zona da Rocha da Pena.